Como escolher o óculos certo?

Data: sexta-feira, 17 de setembro de 2010 0 comentários


Certamente, você já ouviu falar daquela regrinha de que quem tem rosto redondo deve usar óculos quadrados. Rosto quadrado, óculos redondo. Pois é esqueça!
“Inventaram essa regra de rosto redondo, oval, triangular… Mas, para começar, ninguém sabe dizer direito o formato do próprio rosto. Essa é uma regra ultrapassada”, diz Francisco Ventura Jr., desginer de óculos. Ele e sua mulher, Deborah Sollito Ventura, também especialista no assunto, acabam de lançar o livro “Olhar atento – como escolher e usar óculos” (Editora Senac), um guia completo para quem usa e trabalha com esse acessório.
Os óculos, há algumas décadas, eram apenas uma maneira de corrigir um problema. “É a patologia que virou moda. A única. Com aparelho nos dentes, por exemplo, não aconteceu isso”, lembra Ventura, responsável pelos óculos de Jô Soares, Marília Gabriela, Juca Chaves, Cesar Giobbi, entre outros. Mas, apesar dessa teoria da forma da face ser obsoleta, outras regras são essenciais para ter conforto e ficar bem usando óculos. Aprenda com esse casal a escolher os seus.
Modelo com a sua cara
Os óculos representam seu estilo. Por isso, escolha algum que tenha a ver com você. “A primeira coisa é pensar na profissão. Um juiz não pode usar um laranja. Esse tipo de humor não cabe em uma audiência”, exemplifica Ventura. E o homem tem uma mania, diferente da mulher, que deveria perder. “Não dá para usar os mesmos óculos no trabalho, na academia, na praia e durante um passeio”, diz Deborah.
Ela conta que os homens procuram os modelos com mais tecnologia e conforto e que sejam mais duradouros. “Diferente das mulheres, que não querem que eles durem tanto”, brinca. Ventura explica que existe um limite entre o moderno demais e o exageradamente clássico: “Pode ficar ridículo ou envelhecer a pessoa”. E Deborah aconselha: tenha paciência. “Entre na loja e prove vários. Não leve o primeiro que ver pela frente!”.
Grande ou pequeno?


“Óculos são como sapatos: têm tamanho”, segundo Ventura. E ele ensina que a primeira coisa é prestar atenção no tamanho da ponte, a região que liga um olho ao outro. “O apoio dos óculos tem que ter o maior contato possível com a pele. É ali, em cima do nariz, que eles ficarão apoiados”.
Em seguida, atenção ao alinhamento. “Os olhos precisam estar centralizados na lente. Não deve sobrar mais lente acima ou abaixo dos olhos”, diz ele. “A armação deve acompanhar as sobrancelhas ou sobrepor. Elas jamais devem ficar dentro dos óculos ou longes demais da parte superior dos óculos”, explica o especialista. Um erro comum que Deborah lembra, e aconselha prestar atenção, é com o tamanho da parte inferior do acessório. “Os óculos não podem ficar apoiados na maçã do rosto”.
Detalhes não menos importantes
Depois de tudo isso, se a armação que você escolher tiver aquelas plaquetas para apoiar no nariz, prefira as de silicone, que incomodam menos. “E preste atenção no tamanho das hastes. Ela pode encostar no rosto, mas jamais pressionar”, diz Ventura. Assim, além de ficar mais confortável, você não fica com aquelas marcas vermelhas quando tira os óculos, no nariz e nas têmporas.
“Fique atento também ao comprimento das hastes. Elas devem servir perfeitamente, não podem seu curtas – para não ficar apertada, em cima das orelhas, puxando-as para frente – ou longas demais – a ponto de ficar solto no rosto”, diz a consultora.

Óculos escuros

As regras são mais ou menos as mesmas, porém, menos rígidas. “Também não pode pegar na maçã do rosto, nem apertas as têmporas”, lembra Deborah. Porém, nesse caso, os modelos podem ser menos convencionais, mas ainda devem combinar com o estilo de quem usa.

“Os escuros podem cobrir a sobrancelha. E podem ser maiores e ultrapassar o convencional. O importante é ter certeza que as lentes têm proteção ultravioleta, pois essa é a função dos óculos”, afirma Ventura. A cor das lentes pode variar. “A pessoa deve escolher a que se sente mais confortável. Mas os coloridos são para ambientes fechados”.

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