Yasmin

Os jornais italianos não perdoaram a seleção do país pela eliminação na primeira fase da Copa das Confederações, na África do Sul. Um dia depois da derrota por 3 a 0 para o Brasil, os diários nacionais teceram críticas ao time comandado por Marcello Lippi.
O Corrierre dello Sport estampa em sua primeira página a manchete "Itália, vergonha". Embaixo, lembra que a seleção precisava só de um gol para se classificar, mas perdeu a vaga para os Estados Unidos, que venceram o Egito por 3 a 0.
A La Gazzetta dello Sport, por sua vez, fala em "fracasso" na África do Sul. "Bastava um gol contra o Brasil para continuar no torneio. Nós levamos três gols em oito minutos. A um ano do Mundial, é refazer tudo", completou.
O mesmo jornal, depois da derrota por 1 a 0 para o Egito, estampou na manchete que as múmias eram eles, italianos. Nesta segunda-feira, a expressão foi refeita. "Múmias éramos e múmias continuamos sendo".
"Voltamos para a Itália com um leve consolo: a esperança de que esta lição sirva a Lippi para voltar à África do Sul dentro de um ano com outra equipe", prossegue o jornal, que qualifica de "humilhante" a derrota para o Brasil, melhor em "rapidez, classe e juventude".
Para o jornal La Stampa, os jogadores estiveram irreconhecíveis. "Será precido mudar", afirma o jornal, que considerou "surpreendente" o balanço da equipe na Copa das Confederações: "duas derrotas e uma vitória sobre os Estados Unidos, jogando durante uma hora com superioridade numérica".
"Não lembramos de ter recebido uma lição assim desde a final do México (4-1, na Copa de 1970 contra o Brasil), disputada há exatamente 39 anos", destaca o jornal, para quem a Itália cumpriu a missão de "rato" diante do "gato" Brasil.
Já o La Repubblica lamenta que Lippi tenha declarado depois da partida que tinha na equipe os melhores jogadores e não pensava em mudanças.
O Corriere della Sera tem como manchete " A pequena Itália varrida". Mais pessimista que as outras publicações, o jornal de Milão afirma que no rosto dos italianos havia "medo" do futebol "alegre e brilhante" dos brasileiros. "Os jogadores velhos não estão bem e os jovens ainda não chegaram", conclui.